Conheça a Cidade

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Histórico

Segundo fontes locais, foi nos fins do século XVIII para o limiar do século XIX que o cidadão Manoel Santiago de Miranda, português residente em Garanhuns e cobrador de dízimos na região da qual Panelas fazia parte, comprou uma gleba de terras ao norte dessa localidade, pelo valor de 600$000 (seiscentos mil réis). Hoje, essa parte de terras tem o nome de Patrimônio e pertence à Paróquia. Aquele cidadão erigiu uma capela, no local onde atualmente se acha a igreja matriz; construiu também uma pequena casa, perto da capela. O local ficou conhecido pelo topônimo de Panelas de Miranda, em face de situar-se entre 3 serras, que tomaram os nomes de ‘Bica’, a Leste onde se localiza a fonte que abastece a cidade de água – do Boqueirão, ao Norte – a qual deve o nome à circunstância de ter somente uma passagem transitável – e dos Timóteos, ao Sul – assim denominada por ter abrigado o panelense João Timóteo de Andrade, no levante conhecido como ‘Guerra dos Cabanos’. Miranda mandou confeccionar imagem do Senhor Bom Jesus dos Remédios, no tamanho de um homem, em madeira de cedro, trazendo-a em procissão de Petrolina até Panelas e colocando-a na capela. É ainda hoje o santo padroeiro da cidade.

Tem Panelas seu nome gravado na História de Pernambuco, ligada que ficou a episódios da chamada ‘Guerra dos Cabanos’.

Participaram da revolta, entre os anos de 1832 e 1836, os panelenses João Timóteo de Andrade e Francisco José de Barros. O primeiro localizou-se na serra dos Timóteos e o segundo no Sítio Cafundó, que pertence atualmente ao Município de Lagoa dos Gatos. A força legal enviada contra João Timóteo de Andrade aquartelou-se na cidade, em local que tomou o nome de ’14’, em lembrança da unidade militar aí instalada. A força que combateu Francisco José de Barros escolheu o lugar hoje denominado Acampamento, no atual município de Lagoa dos Gatos. Depois de 4 anos de luta, em missão pacificadora chegou a Panelas o Bispo D. João Marques Perdigão, que obteve a rendição dos sublevados com a condição de serem anistiados, terminando aí a ‘Guerra dos Cabanos’. Na serra dos Timóteos, no Sítio Cafundó e em vários outros lugares ainda se encontra muito material de guerra da época, abandonado ao termo da campanha.

Gentílico: panelense

Formação administrativa

Distrito criado com a denominação de Panelas, pela lei municipal nº 157, de 31-03-1846.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Panelas, pela lei provincial nº 919, de 18-05-1870, desmembrado dos municípios de Caruaru e São Bento. Sede na povoação de Panelas. Instalado em 14-11-1872.

Pela lei estadual nº 209, de 24-03-1897, transfere a sede da vila da povoação de Panelas para a povoação de Lagoa de Gatos. Pela lei municipal nº 10, de 30-03-1900, é criado o distrito de Taboleiro e anexado ao município de Panelas.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Panelas, pela lei estadual nº 991, de 01-07-1909. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Panelas, Lagoa de Gatos e Taboleiro.

Pela lei municipal nº 56, de 07-12-1914, o distrito de Taboleiro passou a denominar-se Cupira.

Pela lei estadual nº 1366, de 24-05-1919, a sede do município voltou a denominar-se Panelas.

Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos Panelas e Cupira. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 2 distritos: Panelas e Cupira.

Pela lei estadual nº 1818, de 29-12-1953, desmembra do município de Panelas o distrito de Cupira. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído do distrito sede.

Pela lei municipal nº 157, de 15-03-1958, é criado o distrito de Cruzes ex-povoado e anexado ao município de Panelas.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Panelas e Cruzes.

Pela lei municipal nº 230, de 18-05-1963, é criado o distrito de São José e anexado ao município de Panelas.

Pela lei municipal nº 231, de 18-05-1963, é criado o distrito de São Lázaro e anexado ao município de Panelas.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 4 distritos: Panelas, São José, Cruzes e São Lázaro. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Fonte: IBGE